Daí, então, a
necessidade de se apontar a primeira grande vitória da política econômica da
gestão Bolsonaro; vitória essa obtida no ano inaugural de mandato e de efeitos
imediatos para 2020 – qual seja: a redução de pagamentos de juros da dívida
pública. Ora, tal pagamento custava, anualmente, 100 bilhões de dólares, que
eram transferidos ao setor privado. Rentismo puro!
Hoje, com a queda da
taxa Selic para 4,5% (antes, 15% no governo Dilma) e com as operações da
recompra de parte do estoque da dívida, houve uma economia de aproximadamente
25 bilhões de dólares, o que significa 100 bilhões de reais.
A queda do custo da
dívida, a qual não estava induzindo nenhum tipo de crescimento e, ao contrário,
foi responsável pelas quedas nas expectativas dos principais atores da economia
brasileira, como investidores, empresários e trabalhadores, precisava ser
revertida imediatamente. Precisávamos ter um choque de expectativas positivas.
Esse choque foi dado no final do ano, quando, em novembro – finalmente – foi
feita a promulgação da Lei da Nova Previdência.
Sinais menores de
melhora, no entanto, também foram dados em 2019, com uma série de medidas. Como
exemplo, podemos citar o início do programa de desestatização e os programas de
melhora do ambiente de negócios, com destaque para a Lei de Liberdade
Econômica, para o combate à corrupção e para a Lei do FGTS, que deixou de
onerar o trabalhador.
O ano de 2020 é,
portanto, um ano de trabalho em que as reformas precisam continuar. Se o Brasil
conseguir crescer em 2020 em torno de 2,5%, em termos reais, teremos uma
vantagem enorme em relação ao passado, uma vez que as expectativas tendem a se
confirmar quando é verificado que há um aumento da confiança por parte do
consumidor, das empresas, dos empreendimentos em construção civil, do crédito
imobiliário e, é claro, do crédito privado em geral. Estes são indicadores de
que quem estava nocauteado, conseguiu se levantar, está respirando, e pode
voltar para lutar no próximo round.